quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ser Nobre

Ser Nobre



“Ser nobre” não significa “ser melhor”. Em termos de espiritualidade e de realidade social significa ter consciência de um legado recebido graciosamente no evoluir das gerações. Significa procurar ser digno desse legado e, fundamentalmente, significa ter consciência de uma obra a realizar e de uma missão a cumprir. Nobreza não significa ostentação ou vaidade. Significa noção e vivência de um ministério social – onde mérito, virtude e exemplo agem como forças que iluminam caminhos e constroem vidas. Assim como familiares que se perdem na estrada não nulificam o valor da família, assim também aqueles “nobres” que se perdem numa vida fútil ou numa ostentação primária não nulificam a essência e a missão da Nobreza. Como grupo, a nobreza tem duas amplas portas: aquela da entrada, que se ultrapassa pelo trabalho, pelo mérito, pela virtude, pela consciência de valores espirituais e sociais; e aquela da saída, que se abre pelo demérito, pela inconseqüência de ações e de atitudes, pela perda daqueles valores que devem distinguir os Filhos de Deus.

A Nobreza é um “estado” que se sublima na alma de cada um. É um complexo de valores e de virtudes, de ação e de trabalho. Dir-se-ia, em verdade, que a Nobreza tem várias faces e que cada um a vive e exercita conforme a própria vocação. É, em síntese, uma manifestação da consciência de ser Filho de Deus e seu Servidor. Porque ninguém pode dizer-se “Filho de Deus” sem vincular-se intimamente a uma das múltiplas manifestações do Ministério Redentor.
**********
Por
Dom Saul III Kaesar Augustos,O.S+G.,
Diarcha Apostolus
Pro-Patriarca Ecumênico

Nenhum comentário:

Postar um comentário